Sou Maria Aparecida Nunes Barbosa da etnia Xacriabá. Moro na aldeia Barra do Sumaré II, município São João das Missões, Minas Gerais. Sou professora há 15 anos na minha aldeia. Sou estudante universitária da UFMG.

Há 3 anos que faço pesquisa sobre conflitos e sobrevivência do povo Xacriabá e municípios vizinhos, antes dos anos 1970.

Pensei em criar esse blog para divulgar meu trabalho e de outros colegas e dar oportunidade para outras pessoas conhecerem um pouco sobre as histórias do nosso povo, que a maior parte está só na mente dos mais velhos que eles estão levando com eles.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Corrente de memoria

Corrente de memória
   
Os xacriabás que viveram antigamente era muito diferente de hoje, eles não precisavam de dinheiro  para sobreviverem, sobreviviam do  plantio, animais e caças e suas proprias confecções. Dentro da reserva não tinha mercado e nem um tipo de comercio. As roupas e cobertor eram eles mesmo que tecia no tear, com algodão que eles plantava,chinelo era de couro de boi e madeira, as panelas, pratos pote e outros objetos usados na cozinha era de cerâmica e madeira. não tinha posto de saúde, era de curava  as doenças  com as plantas medicinas, com conhecimento do  pajé com os benzimentos. De fora eles so compravam o sal, eles iam ate a cidade mais próxima e levava cereais  e objetos para trocar no sal, fazia o transporte dos materiais em jegue usando cangaria e a bruaca , que levava dois dias de viagem. O  café era feito de fedegoso,usava rapadura feita de  na aldeia, usava também o chá de plantas medicinais,fazia sabão caseiro de pequi e pinhão e tingui  e decuada usava para lavar roupa e tomar banho, não tinha transporte usavam cavalo e jegue para ir até a cidade mais próximo,que na época era Januária.Quando acontecia alguns desentendimento de índio contra índio, não era tomado nem uma decisão pelo a justiça era resolvido entre eles mesmo.

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